sexta-feira, 26 de agosto de 2011

ABRE faz balanço da indústria de embalagem no primeiro semestre



Já há algum tempo a ABRE - Associação Brasileira de Embalagens, tem promovido encontros periódicos para seus associados, no formato “Café da Manhã”. Nestes eventos, um palestrante é convidado a expor temas de interesse para os membros da associação. O evento do dia 17 de agosto foi coberto por este blog, merecendo destaque devido à presença de Salomão Quadros, coordenador de análises econômicas do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas.

Em sua apresentação, Quadros discutiu o desempenho da indústria de embalagens nesse primeiro semestre de 2011, e as perspectivas para o semestre que começa agora.

O primeiro semestre de 2011

Os dados da pesquisa realizada pela ABRE, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas mostram que o segmento de embalagem industrial cresceu 5,01% no primeiro trimestre e 0,98% no segundo; isso resulta em um crescimento semestral de 2,98%, comparado com o mesmo período de 2010.
Já os números relativos ao ano de 2010 mostram um crescimento de 16,57% no primeiro trimestre, e 14,60% no segundo, também comparado ao mesmo período do ano de 2009.

Por que essa diferença? O economista coloca que em 2010 estávamos saindo da crise econômica. Logo, foi o ano da retomada do crescimento.

Entretanto, esse não é o único fator que explica o crescimento apenas modesto da indústria de embalagens. Segundo Quadros, enfrentamos agora um momento de desaceleração, e isso reflete em todos os segmentos.

Outro destaque apontado pelo palestrante, foi o fato do mercado de embalagens depender diretamente de outros segmentos da indústria, como o de alimentos, bebidas, higiene, etc. Como conseqüência disso, se essas indústrias tiverem uma desaceleração, isso afetará diretamente o mercado de embalagens.

Por conta da recuperação da crise econômica de 2008 também houve aumento nos postos de trabalho desde 2009. Neste último período foram registrados os níveis mais baixos no número de vagas de emprego, 199.930 novas vagas com registro. Já em 2011, esse número saltou para 223.750.

Apesar de não ser o forte deste setor no Brasil, Salomão Quadros também discorreu um pouco sobre exportações e importações, mostrando que a indústria brasileira de embalagem fechou sua balança comercial do período com um déficit de US$ 229.446 de exportados, contra US$ 390.135 de importados.

Porém, mesmo com esse crescimento moderado do setor, as pesquisas revelam que 40% da empresas analisadas pretendem fazer investimentos, ou para aumentar a eficiência produtiva ou para substituir máquinas e equipamentos.
O estudo da ABRE mostra ainda que em 2011, a previsão de crescimento em volume de produção é de 1%, em contraste aos 10% observados em 2010.

Nesse mesmo período, os fabricantes nacionais de embalagens deverão obter receita líquida na ordem de R$ 45,6 bilhões, superando os R$ 41,1 bilhões, gerados em 2010.

Sustentabilidade é a palavra de ordem


Estavam presentes nesse evento, representantes das principais empresas parceiras e associadas da ABRE. No início da palestra cada um deles foi chamado a frente para um discurso, e o que se ouviu da boca de todos os gestores das grandes fábricas de embalagens do Brasil, foi a unanimidade sobre priorizar a sustentabilidade em suas operações e produtos.

Nesses últimos anos as empresas do ramo têm investido pesado em tecnologia para desenvolver produtos menos nocivos ao meio ambiente, melhores para o consumidor, e mais baratos para os produtores. “O famoso tripé da sustentabilidade: socialmente responsável, ecologicamente correto e economicamente viável, não pode ser ignorado. Todas as tecnologias sustentáveis que nós desenvolvemos têm que ter um apelo verde para o mercado, mas economicamente viável, senão o mercado não irá absorver isso”.-Comenta Gustavo Lombardi, gerente de negócios LIOFOL América do Sul, da Henkel.

A Embala Nordeste 2011 dá as boas vindas

A Embala Nordeste abriu suas atividades na noite dessa terça-feira (23) com as boas vindas dos diretores da Greenfield Business Promotion - André Mozetic, Jayme Wiss Jr e Luiz Fernando Pereira, e com a premiação das Personalidades Embala 2011, que prestou homenagens às pessoas e entidades que sempre contribuíram para o crescimento do evento.

André Mozetic, um dos diretores da Greenfield, ressaltou a ótima fase no setor econômico e industrial da Região Nordeste. “A Embala acompanhou o crescimento do Nordeste e espera fazer, a cada ano, um evento mais diversificado”, completou.

Após as boas vindas de Mozetic, deu-se início à entrega dos prêmios Personalidades Embala 2011. O primeiro a ser agraciado foi o presidente do Sindicato dos Representantes Comerciais e Empresas de Representações Comerciais de Pernambuco (SIRCOPE), Severino Nascimento Cunha.

Também receberam a homenagem: o presidente do Conselho Regional dos Representantes Comerciais de Pernambuco (Core-PE), Fernando José da Costa e representando o presidente da Associação Pernambucana de Supermercados (Apes), Silvana Buarque, que desejou sucesso aos expositores.

Outros premiados foram o presidente e diretor executivo da Associação Pernambucana de Atacadistas e Distribuidores (Aspa), Douglas Maurício Cintra e Sebastião Rodrigues, respectivamente. Em agradecimento, o diretor elogiou o empenho da Greenfield em proporcionar um espaço para que as diversas empresas possam expor o seu trabalho, estreitando laços com o mercado nordestino.

O presidente da ABIPLAST, José Ricardo Roriz Coelho, também foi escolhido como uma das Personalidades Embala 2011. “Quero parabenizar a Greenfield, pois a cada ano consegue trazer mais empresas, ressaltando o crescimento do Nordeste e de Pernambuco”, destacou. O último a receber a homenagem foi o presidente da Associação Brasileira de Embalagem (ABRE), Maurício Groke, que desejou bons negócios aos expositores.

Para finalizar os trabalhos, o diretor da Greenfield, Luiz Fernando Pereira agradeceu o apoio de todos na realização do Embala Nordeste. “Nada disso seria possível sem as parcerias fechadas. O mercado nordestino vem crescendo e isso será evidenciado no sucesso da 6ª Embala Nordeste”, finalizou.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Mack Color anuncia participação na Embala Nordeste 2011

A Mack Color, empresa que atua no mercado de rótulos, etiquetas adesivas e adesivos promocionais, anunciou que participará da 6ª Feira Internacional de Embalagens e Processos - Embala Nordeste, evento direcionado aos setores usuários de embalagens e processos dos mercados do Norte e Nordeste do país. A feira, que reúne todos os segmentos que integram a cadeia produtiva da embalagem, incluindo fornecedores para indústria do plástico, papel, flexografia, reciclagem, entre outras, reunirá cerca de 400 expositores e será realizada entre os dias 23 e 26 de agosto, no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda (PE). Em seu estande, localizado na Rua F – 36, a empresa apresentará novidades em autoadesivo, rótulos, etiquetas e adesivos promocionais.
Publish – 27/07/2011

Produção da indústria de embalagens cresce 2,98%

Produção da indústria de embalagens cresce 2,98%

Por André Magnabosco

São Paulo - A indústria brasileira de embalagens encerrou o primeiro semestre de 2011 com expansão de 2,98% na produção física em relação a igual período do ano passado. De acordo com estudo da Associação Brasileira de Embalagem (Abre), elaborado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o indicador cresceu 5,01% no primeiro trimestre e 0,98% no segundo trimestre. O resultado obtido entre abril e junho é o pior do levantamento desde o quarto trimestre de 2009, período no qual a produção encolheu 3,62%.

O incremento da produção semestral foi impulsionado pelo desempenho dos fabricantes de embalagens de madeira (+15,83%) e vidro (+11,69%). Os setores de plástico e papel, papelão e cartão, de maior peso no levantamento, tiveram crescimentos mais modestos, de 0,46% e 1,45%, respectivamente. O principal destaque negativo do semestre ficou por conta do setor plástico, cuja produção chegou a encolher 1,19% no segundo trimestre em relação ao mesmo período de 2010.

Expansão

De acordo com as projeções da FGV, a produção física da indústria brasileira de embalagens deverá encerrar o ano com alta de 0,96%. O número é inferior ao resultado previsto inicialmente pela entidade, de 2,17% para o ano. Em 2010, a produção brasileira cresceu 10,1%.

A receita líquida de vendas em 2011 deverá totalizar R$ 45,6 bilhões, expansão de 2,3% em relação ao ano passado. O dado é estimado com base em números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O valor do hoje




Eduardo Giannetti, o economista que ajudou a montar o programa de Marina Silva para disputar a presidência, ainda está em campanha. Em suas palestras, cada vez mais numerosas, diz que a melhor maneira de salvar o ambiente é taxar os produtos que poluem

Por Karla Spotorno

AUTÊNTICO
Aos 54 anos, Giannetti não tem carro e pensa em virar vegetariano. A economia sustentável domina seu discurso
O economista mineiro Eduardo Giannetti da Fonseca atingiu o ápice de sua popularidade há quatro anos, quando estrelou um quadro do programa Fantástico, da TV Globo, sobre juros. Falava do tema em termos das escolhas que fazemos cotidianamente: acordo agora ou desligo o despertador e falto à academia? Pego um empréstimo hoje ou espero para trocar de carro? Assim conseguia trazer para o cidadão comum a essência do conceito de juros, tema de seu livro O Valor do Amanhã.

Para quem ainda guarda esta imagem, assistir a uma palestra dele agora reserva uma surpresa. Giannetti anda falando muito menos do amanhã. Ele agora fala do hoje. Anda preocupado – angustiado, até – com a falta de sustentabilidade do modelo econômico mundial. Não à toa, ajudou a coordenar a campanha de Marina Silva, candidata à presidência da República pelo Partido Verde. Giannetti prega uma revolução no modo de determinar os preços dos produtos e serviços. Quer incluir o ônus ambiental na conta ao consumidor. De certa forma, é calcular o valor da destruição, para as gerações futuras, e trazê-lo para valor presente.

A contabilidade hoje não computa os recursos aos quais nunca se fixou preço: o ar, a água e a luz do sol, por exemplo. Se um país perde grandes fábricas, o PIB cai. Mas se perde um rio ou uma floresta, a conta não se altera. No modelo defendido por Giannetti – sugerido no final do século passado por economistas alternativos –, os produtos e serviços que oneram o meio ambiente ficariam mais caros. Inclua nos custos de produção a emissão de dióxido de carbono (CO2). Pronto. A energia gerada por uma termoelétrica a carvão mineral pode ficar mais cara que a energia solar. “Um novo sistema de preços é o ideal, porque envolve a todos e muda o comportamento tanto do setor produtivo como do consumidor”, afirma. O argumento contrário é que isso traria inflação. Economistas liberais defendem que as novas tecnologias vinguem apenas quando as pessoas optarem livremente por elas. Giannetti diz que a construção de um modelo econômico que preserve o ambiente não pode esperar pela conscientização voluntária de empresários e consumidores. Em vez de mirar o coração, é preciso atingir o bolso.

A preocupação ambiental parece autêntica. Aos 54 anos, Giannetti não tem carro. Poderia comprar um modelo popular a cada palestra remunerada que dá. Mas prefere andar a pé. Sempre que pode vai aos compromissos pelas próprias pernas, mesmo quando isso lhe custa 40 minutos. “No caminho, vou pensando no que vou falar. Acho que até melhora meu desempenho na palestra.” Ele se muda agora em julho para a Vila Madalena, na Região Oeste de São Paulo, onde se pode fazer tudo a pé. Anda pensando em mudar a dieta e virar vegetariano. A decisão estaria alinhada a seu discurso contra a devastação causada pelo gado no mundo.

SER E PARECER
Sustentabilidade não é o único assunto de Giannetti – seu leque de opções para os contratantes inclui macroeconomia, a dicotomia entre mente e cérebro, ética e outros seis temas. Mas ela contamina qualquer de seus discursos. É um recado cuja potência vem aumentando. Não só porque Giannetti tem feito mais palestras (o número tem crescido quase 30% a cada ano, até as 71 de 2010), mas principalmente porque ele causa impacto duradouro em pessoas influentes. “É o tipo de palestrante que deve ser ouvido no máximo duas vezes por ano”, diz Horácio Lafer Piva, sócio e conselheiro da produtora de papéis Klabin, amigo de Giannetti desde o ensino fundamental. “Depois de uma palestra, você sai com questões para refletir e resolver internamente por uns seis meses.” Fabio Barbosa, presidente do conselho de administração do Santander no Brasil, diz o mesmo sobre os livros de Giannetti. Segundo ele, O Valor do Amanhã o fez mudar a maneira como tomava algumas decisões e até a forma como enxergava o crédito. “Esse livro me marcou profundamente.”

Giannetti jura que, se Marina tivesse sido eleita, ele não aceitaria nenhum cargo executivo. “Não gosto de dar ordens e me incomoda participar de reuniões”, afirma. “Não gosto do conflito, da controvérsia. Nesse sentido, sou muito individualista. Minha ambição é ver minhas ideias fecundas.” As palestras são uma ótima maneira de conseguir isso. “Ele chamou nossa atenção para a necessidade de a empresa não apenas ser, mas também parecer sustentável”, afirma Luciana Pellegrino, diretora-executiva da Associação Brasileira de Embalagens, que o ouviu num seminário internacional de embalagens em São Paulo, em março. “Ele diz que a percepção da sociedade tem um peso grande em relação às suas escolhas.”

O MONGE E O ECONOMISTA
Giannetti estreou como palestrante há mais de 20 anos. Hoje faz entre uma e duas palestras por semana. Boa parte é gratuita. A parte que é paga é muito bem paga. Elas vão de um discurso num congresso de neurocientistas e psiquiatras em Gramado, no Rio Grande do Sul (de graça) a uma apresentação em Lima, no Peru, para falar a executivos da General Electric de 13 países (paga), ou a conferências na França e em Portugal. No começo da carreira, era tímido. Por isso, anotava tudo o que pretendia falar, inclusive as piadas. Hoje, parece se divertir. Ri das próprias anedotas, repetidas à exaustão ao longo da carreira. E é afável ao responder a perguntas da plateia. Mas ainda entra em cena com um bloco, com anotações escritas à mão.

Em sala de aula, o professor Giannetti diz que valoriza mais uma conclusão errada do aluno que a reprodução correta de algo que está no livro. Ele é professor do Insper, um instituto de ensino e pesquisa de negócios e economia. O ofício lhe toma pouco tempo. No primeiro semestre, foram só 12 horas em sala. É docente de programas complementares ao currículo da graduação. Mesmo essa rotina pacata torna-se pesada quando ele mergulha na produção de um novo livro. Seu sonho, diz, é “ter uma ideia original”. Para escrever, se isola. Mesmo com o filho, Joel, um mestrando em filosofia de 25 anos, só fala por telefone. Por até quatro meses, muda-se para uma pousada em Tiradentes, Minas Gerais. “O Eduardo vira um monge. É inacreditável a capacidade de concentração dele”, afirma Isa Ferraz, documentarista que dirigiu a série O Valor do Amanhã, no Fantástico, em 2007.

Indústria de embalagens deve expandir em ritmo menor


Agência Brasil



SÃO PAULO – A indústria brasileira de embalagens deverá fechar o ano com expansão de 1% na produção, mesmo atingida pelo desaquecimento da economia mundial. O nível está abaixo da média alcançada nos últimos anos, que foi 2%, e bem inferior ao crescimento registrado no ano passado, de 10%.

De acordo com as projeções da Associação Brasileira de Embalagens (Abre), o faturamento pode alcançar R$ 45,6 bilhões, ficando acima do obtido em 2010 (R$ 41,1 bilhões). No primeiro semestre, foram produzidas 2,98% mais embalagens do que em igual período do ano passado e, nos últimos 12 meses, houve um aumento de 4,18%.

Na lista das indústrias com melhor resultado, estão a de embalagens de madeira, com alta de 15,83%, seguida pela de vidro (11,69%) e metal 4,38%.

Os dados são do levantamento Estudo Macroeconômico da Embalagem, apresentado nesta quarta-feira (17) pelo analista Salomão Quadros, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Na avaliação do economista , “o pior momento” a ser enfrentado pelos fabricantes nacionais deverá ser o que vai até setembro, tendo iniciado em julho, mas com uma pequena recuperação logo em seguida. O que está ocorrendo, segundo ele, é um processo de ajuste porque o ritmo de produção não acompanhou a demanda, deixando as empresas com os estoques elevados.

“Como a demanda não está dando sinal de que vai se recompor, a única maneira de reduzir estoques é diminuir a produção”, disse Quadros. Para ele, no entanto, essa deverá ser uma fase transitória. Ele lembrou que, no primeiro trimestre, a indústria de embalagens apresentou forte crescimento (5,01%) e, no segundo, houve queda expressiva no ritmo, com 0,98%.

O motivo para esse desempenho mais fraco foi a concorrência com os importados, principalmente, devido à entrada de produtos comprados da China, que chegam já embaladas. Com a economia internacional mais desaquecida, a tendência é os países venderem para mercados que continuam consumindo, mesmo que a ritmo mais lento, como é o caso do Brasil, avaliou o economista.

Quanto aos impactos dos entraves nas economias norte-americana e de alguns países da zona do euro, o economista acha prematuro fazer previsões porque, na opinião de Quadros, não existe ainda uma definição clara se haverá um prolongado período de baixo crescimento ou até de uma pequena recessão.

Para a diretora da Abre, Luciana Pellegrino, as importações inspiram atenção neste momento. “Nós esperávamos que 2011 fosse um ano de acomodação, depois de ter atingido, em 2010, uma alta, mas, com o cenário da crise macroeconômica mundial, a gente teve uma desaceleração e é preciso ficar atento porque as importações, que crescem entre 25% e 30% ao ano, acabam afetando o mercado local.”